Gravar sequências de primeiro capítulo sempre demanda mais cuidado em novelas. É nele que os núcleos são apresentados e, por isso, existe o risco de haver cenas explicativas demais, com detalhes em excesso. Em Dona Xepa, que estreia na Record no dia 21, por exemplo, o texto mostra, de cara, as extravagâncias da família Pantaleão. Encabeçado por Meg e Júlio César, papéis de Luiza Thomé e Maurício Mattar, o clã rico do folhetim vive em uma mansão com tons avermelhados e direito até a governanta, vivida por Ana Zettel – irmã do diretor Ivan Zettel. E já na primeira noite de exibição, mostra claramente a relação fogosa do casal e os conflitos familiares. Principalmente o que existe entre Meg e a filha Lis, vivida por Rayana Carvalho.
"É a aparição inicial da minha personagem, então é preciso mostrar o papel dela na família sem parecer aquela coisa chata, didática. É estranho, até porque essa não é a primeira cena que gravo", explica Rayana.
"Se eu tiver de engolir mais uma gota disso, juro que me mato", brinca, fazendo careta ao olhar para o líquido.
É Vitor Hugo quem, em princípio, abrirá espaço para a vilã Rosália, de Thaís Fersoza, alcançar o tão sonhado lugar na alta sociedade. "É um triângulo muito importante dentro dessa versão de Dona Xepa", valoriza Márcio.
A escada da casa, aliás, traz uma eterna sensação de "déjà vu" a Rayana Carvalho. A produção de Dona Xepa reaproveitou a peça utilizada na adaptação nacional de Rebelde, que estreou em março de 2011 e permaneceu no ar até outubro do ano passado, onde a atriz vivia a aprendiz de vilã Pilar.
"Sensação de estar em casa maior do que essa é impossível", brinca. E a produção tem na ponta da língua a explicação para, no meio de uma mansão, ter uma escada que liga dois lados diferentes do imóvel: a fachada da casa utilizada nas externas da mansão é redonda.
Por estar em uma mesa farta de café da manhã, o elenco inteiro aproveita para "forrar o estômago".
Por estar em uma mesa farta de café da manhã, o elenco inteiro aproveita para "forrar o estômago".
"Nem deu tempo de almoçar direito", explica Maurício Mattar, enquanto escolhe algumas frutas para beliscar, pegando um pão em seguida. Rayana dispensa, já que afirma não dar muita bola para massas. Luiza Thomé, em plena forma, avisa que vai se juntar ao grupo e "filar um pouquinho".
"Ninguém merece ficar aqui, só olhando vocês comerem", afirma, pegando uma colher de salada de frutas e, em seguida, uma solitária fatia de presunto.
E, como toda magra que se preze, encerra ali o lanche. Com jeito de quem está satisfeita e pronta para mais um "gravando" do diretor.
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